A Quinta dos Remédios foi, durante dois séculos, uma quinta de produção agrícola. Actualmente permite apreciar as vistas do Tejo e da Ponte Vasco da Gama, fazer ginástica, observar a fauna, fazer caminhadas ou ter um contacto próximo com os desafios tecnológicos.
A Quinta dos Remédios foi, durante dois séculos, uma quinta de produção agrícola, composta por casa senhorial e dependências de apoio, lagar, poço com nora, grande tanque de rega e um laranjal murado.
Até 1901, a propriedade, com uma área de cerca de 16 hectares, era ocupada por vinha, olival e terras de semeadura.
Com o decorrer do tempo, a vinha foi sendo progressivamente substituída por olival.
A casa da Quinta dos Remédios é um imóvel característico de finais de setecentos, com acesso ao piso nobre por escada exterior, com guarda e motivos decorativos em pedra. No interior, os principais espaços possuíam lambris de azulejos pós-pombalinos, dos quais restam vestígios. Nos enxalços das janelas, de guilhotina, existem conversadeiras em pedra para fruição das excelentes vistas para o Tejo.
No início do século XIX, o proprietário da quinta era João Pereira Caldas (1765-1819), abastado proprietário e homem de negócios, dono do palácio do Largo do Caldas, em Lisboa. Em 1884, após a morte de seu filho António, a quinta é herdada pelo neto deste, Eduardo Pereira Caldas de Mendia, 2º Conde de Mendia. O edifício da quinta passa a ser conhecido por Palácio dos Condes de Mendia.
Em 1980, o Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial – LNETI compra a quinta aos herdeiros dos Condes de Mendia, para expansão do seu campus de investigação e desenvolvimento. O LNETI, em 1992, deu lugar ao Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial (INETI), no qual o Instituto Tecnológico e Nuclear (ITN) estava integrado. Em 2011, após a extinção do ITN, a Quinta dos Remédios, passou a integrar o património do IST.
Em 2016, mediante a conjugação de vontades do Município de Loures e do Instituto Superior Técnico, expresso num protocolo de colaboração, assinado entre ambas as instituições, foi inaugurado o parque de recreio e lazer da Quinta dos Remédios, que corresponde à primeira fase do vasto projeto previsto para a quinta.
O Parque da Quinta dos Remédios permite apreciar as vistas do Tejo e da Ponte Vasco da Gama, fazer ginástica, observar a fauna ou simplesmente caminhar.
O Jardim de Ciência, vocacionado para atividades lúdicas, oferece oportunidades únicas para um contacto próximo com os desafios tecnológicos.
O parque está equipado com cafetaria e esplanada com ensombramento, circuito pedonal, rede tridimensional (para crianças), zona de merendas com oito conjuntos de mesas, bancos de piquenique, papeleiras e bebedouro.
Inverno (novembro - março): 7:00 › 17:00
Verão (abril - outubro): 7:00 › 20:00
A curto e médio prazo, serão executadas as restantes duas fases previstas para o Parque da Quinta dos Remédios.
Instalação de um centro de ciência, baseado na reabilitação do Palácio dos Condes de Mendia, situado à entrada da quinta. O palácio será palco de atividades pedagógicas e de divulgação científica e cultural, que privilegiem a articulação do conhecimento existente com nova investigação, numa abordagem multidisciplinar.
Um plano de pormenor, de acordo com as metas do Plano Diretor Municipal (PDM), que consolidará o espaço como um parque de fruição pública, intimamente ligado ao polo de ciência e tecnologia do Instituto Superior Técnico. O plano, no seu todo, visa a criação de uma estrutura de referência na Área Metropolitana de Lisboa, inserida numa zona paisagística harmoniosa e requalificadora do tecido urbano envolvente.
